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Como (não) matar a criatividade no Dia Mundial da Criatividade e da Inovação

Hoje celebra-se o Dia Mundial da Criatividade e da Inovação. E se me perguntas o que deveríamos estar a celebrar, eu respondo: a sobrevivência da criatividade, porque ela está a ser assassinada todos os dias, às mãos de processos, chefias, metas mal explicadas e prazos falsos.



Se não leste o artigo da Teresa Amabile na Harvard Business Review, “How to Kill Creativity”, faz um favor à tua equipa e lê. E depois olha bem à tua volta. As empresas dizem que querem inovação, mas continuam a matar a criatividade da forma mais silenciosa e sistemática possível: com boas intenções e más práticas.


Criatividade não é um dom, é um sistema. E como qualquer sistema, pode ser estimulado… ou destruído.


A criatividade floresce quando três ingredientes estão alinhados:


Conhecimento (domínio do tema) – técnico, prático ou teórico.


Capacidade de pensamento criativo – a tal aptidão para combinar ideias de formas novas.


Motivação – e aqui é onde se joga tudo.


E mais ainda: a motivação mais poderosa é a intrínseca. Aquela faísca que nos faz vibrar com um problema difícil, a vontade de resolver algo só porque sim, porque é importante, porque nos desafia. Não por um prémio. Não por um bónus. Não por medo de levar nas orelhas!


Queres matar a criatividade? Fácil.


Aloca recursos ridículos.


Muda os objetivos todas as semanas.


Monta equipas homogéneas e sem química.


Usa o tempo como arma (“para ontem”, é o novo normal).


Garante que cada ideia nova passe por três comités e dez avaliações antes de ser testada.


Nunca reconheças o esforço se o resultado não for perfeito.


Queres salvá-la? Mais difícil. Exige coragem. E liderança.


Dá liberdade para escolher como fazer, mesmo que determines o quê.


Mantém os objetivos estáveis o tempo suficiente para as pessoas terem tempo de os escalar.


Mistura pessoas com experiências e estilos diferentes – a fricção criativa é fértil.


Elogia as boas ideias… mesmo quando não funcionam. Porque o que não resulta hoje pode ser ouro amanhã.


Dá tempo. Criatividade não é um sprint. É um jogo de resistência.


Se ainda estás a pensar “mas eu sou da contabilidade, a criatividade não é para mim”, pensa duas vezes. Toda a organização beneficia de criatividade: na forma como comunicas, como geres, como resolves, como pensas. A criatividade não é um talento reservado aos artistas – é a arte de resolver problemas com novos olhos.


Hoje é Dia Mundial da Criatividade e da Inovação. E amanhã? Amanhã continuas a dar espaço para que ela respire? Ou voltas a apertar o garrote?


O desafio é simples: Olha para a tua equipa. Olha para ti. Que práticas estão a estimular a criatividade? E quais estão a matá-la lentamente?


Agora a parte difícil: muda o que precisa de ser mudado. Nem tudo depende de ti, mas muito mais do que imaginas está nas tuas mãos.



Call to action: Partilha este artigo com alguém que esteja a precisar de um empurrãozinho para liderar com criatividade. E se quiseres conversar sobre como trazer mais liberdade, motivação e inovação para a tua organização… já sabes onde me encontrar.


Daniel Lança Perdigão

abril de 2025



 
 
 

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