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Foto do escritorDaniel Lança Perdigão

É curioso…


Ainda hoje ouvi uma história, que já conhecia e que devem conhecer também, em que o diretor financeiro pergunta ao administrador: “E se gastamos dinheiro na formação e as pessoas saem da empresa?”, ao que o administrador lhe responde: “Não será pior se não gastamos e as pessoas cá ficam?”.

Conhecemos a história, entendemos o conceito e a formação continua a ser considerada por muitos como um custo!

Muitas pessoas continuam a considerar a formação como aquele período em que simplesmente os colaboradores não estão a produzir, ou algo que é obrigatório cumprir ou ainda como se de um prémio se tratasse (como se fosse algo que as pessoas pudessem levar para casa e ir gastar ao seu belo prazer)!

Será que para muitos ainda não é claro que a formação é a aquisição de conhecimentos, capacidades ou competências e que a formação profissional deve ser tudo isso aplicado à área de atividade de cada colaborador e de cada empresa?

Será que para alguns ainda não é evidente que melhores capacidades, desde que adequadas, levam a melhores níveis de desempenho e de produtividade?

De facto é curioso.

De facto, infelizmente, muitas vezes a formação não produz os resultados que será lícito esperar, o que pode levar muitos ao descrédito sobre a sua efectividade.

Então o que está a falhar?

Evidentemente uma de duas: ou as ações de formação não são adequadas às funções, não permitindo converter esse investimento em resultados positivos no curto ou no médio prazo ou são (teoricamente) adequadas, mas não funcionam da forma esperada.

Quando se trata de ações inadequadas, há uma clara responsabilidade das empresas que contratam essas ações ou que as organizam, permitindo que os colaboradores frequentem ações de formação que não lhes são úteis, muitas vezes apenas para cumprir calendário ou atender a obrigações legais ou outras.

Agora se as ações são, pelo menos em teoria, as adequadas e os resultados não se tornam visíveis, então é fortemente recomendável que as empresas avaliem devidamente os conteúdos, os formadores, o modelo e o processo de cada ação de formação. Sim, porque o custo de uma ação de formação vai muito para lá do que é pago ao formador ou à empresa formadora, pois no período da formação são pagos ordenados e a produtividade, seja qual for a área de atividade, é nula.

E já que se investe em formação deve recomendar-se, senão mesmo obrigar-se, que cada participante esteja dedicado inteiramente à formação durante o período da sua duração. E sempre que possível será muito útil que cada participante perceba as vantagens para si, para o seu trabalho e para a sua organização. E porque não dar-lhes mesmo a conhecer o custo efectivo de cada ação de formação (curso + tempo não produtivo + outros recursos)?

Quem contrata formação externa ou organiza formação interna para a sua empresa deve perguntar-se e perguntar a quem lhe possa responder, como é que fica assegurado que no dia seguinte ao fim da formação não voltamos ao business as usual, ou seja, fazemos de novo como fazíamos antes?

Muitos dos clientes onde apresentamos ações, programas ou academias de formação não nos manifestam essa preocupação!

Não deixa de ser curioso…

Mas, como gostamos de desafios, tomamos sempre a iniciativa de colocar algumas perguntas, para levar à reflexão e para podermos dar as respostas!

O que recomendo? Sejam curiosos!

Até amanhã.

Daniel Lança Perdigão Improvement Agent & General Manager UpSideUp

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